quinta-feira, junho 08, 2006

Terça-feira vazia

Quando não foste, um grande vazio se abriu na noite e apenas a Lua me fez companhia. Até as estrelas, eternamente presentes no brilho dos teus olhos, desapareceram por completo.

Ficou faltando teu olhar primaveril para combater essa minha alma atormendada por ventos outonais; e esse teu cheiro de verão para derreter de vez as neves glaciares do meu coração invernal. Esse teu cheiro que emana da porção diabólica que habita entre teus seios e que eu seria capaz de identificar de olhos vendados entre mil fêmeas aflitas. Faltou o perfume da tua boca semi-aberta e do teu pescoço entregue aos meus desejos que nem secretos são mais...

Faltou o cheiro, meu amor, o cheiro que eu sinto quando me beijas. E a sensação que me toma quando você joga o quadril pra frente quando tua língua se enrosca na minha, e a maneira que me olha com aquela mistura de tesão e amor e diz que me ama.

Ficou faltando, Elektra, tua mão segurando docemente a minha no nosso caminho de sorrisos, com tua voz alegrando o que ainda existe de vida dentro de mim. E a sensação do toque dos meus dedos na pele das tuas costas e da tua nuca, onde gravaste para sempre minha presença inusitada.

Faltou você, meu amor. E a cada dia falta mais um pouco...