sexta-feira, junho 16, 2006

Ventos

Foi como uma ventania de verão, daquelas que precedem tempestades e trazem o cheiro úmido das lágrimas de nuvens que em breve se juntarão às minhas. Folhas douradas dançam alegremente na espectativa da chuva que se anuncia. Minha mente se perde nessa coreografia improvisada da natureza, mas meu coração te acompanha por onde quer que você vá. É como te observar através do tempo, seguindo com olhares imaginários os teus passos reais.

E é assim que eu fico sem ti, meu doce e eterno amor.

E é assim que eu vivo sem ti, meu sereno e incondicional amor.

E quando finalmente chega a tempestade, a vontade de me deixar levar na direção do vento é incontrolável, e eu preciso fechar os olhos para não flutuar com essas folhas outonais, porque esse vento me levaria até você, eu sei disso. Todos os ventos tem uma única direção, todos os ventos me levariam até seus lábios, porque só neles é que eu me encontro, só neles que eu vivo. Só no teu amor é que sou completo.

Mas foi só essa saudade que o vento trouxe que molhou meu rosto, meu amor... Foi só a saudade...

Eu te amo, Elektra, e às vezes sinto que te amo muito mais do que você possa imaginar. E tenho certeza, Core, que eu te amo muito mais do que eu consigo demonstrar.

Beijos...