quarta-feira, julho 19, 2006

Ilusão

É fato que sonhos são o alimento da alma, mas quando você dá a alguém um sonho que é apenas uma ilusão, é como alimentar alguém com ventos apenas, é tentar curar a dor de um doente com placebos inúteis. E assim nasce a fome e a dor que não podem ser curados jamais.

Se os sonhos são difíceis, intrincados e sem tempo de acontecer, ainda assim são sonhos. É real e palpável na mesma medida em que é mágico e renovador. Mas se por debaixo do pano o sonho se mostra uma ilusão, então o que existe é apenas o vento passageiro produzido por um ventilador imaginário: algo que nunca aconteceu e que nunca acontecerá de verdade.

Não é justo alimentar alguém com uma ilusão. Não é justo oferecer a fome para inimigos imaginários, pois de uma forma ou de outra, não existem vilões, mas sim pontos de vista diferentes, vidas em jogo, sentimentos variados. De uma forma ou de outra somos todos vítimas e não inimigos.

E se te falo em meias palavras, é porque mesmo nessas entrelinhas conseguimos nos entender, porque nunca precisei mais de ti do que um simples olhar.

Me perdôe por todos os sonhos difíceis que fiz você sonhar, Elektra, mas saiba que nada é ilusão, simplesmente porque nós dois somos reais, e então nossos sonhos também são reais.

Por favor, perdôa minha sinceridade...

Eu amo você.

Sempre.