Speed of sound
Algumas vezes, especialmente em dias radiantes como de hoje, onde os pássaros brincam no ar e as borboletas amarelas sempre aparecem, eu sinto como se os finos raios de sol, por um desses milagres de natureza emotiva, atravessassem meu peito como se fosse eu ser translúcido, sem forma nem densidade, e arrastassem meu coração até um lago congelado. Pequenos fragmentos de gelo se chocariam então contra esse meu pequeno órgão vital/emotivo e vão se derreteriam em lágrimas que eu jurei pra ti nunca mais derramar (mas sabes, meu eterno amor, que mesmo que eu tente não derramá-las, elas existem e escorrem por todo o meu corpo. Penso talvez que seja esse o óleo da vida, o fluído que diminui o atrito das emoções, o néctar essencial que buscamos em nossas pequeninas existências).
Mas é fato que meu combalido coração se contrai e armazena com ele sensações, sentimentos, vontades, sonhos, frustrações. Chego por um mísero momento a ser totalmente "heartless", para depois sentir uma explosão de amos, um big bang de paixão, e minha alma viaja na velocidade do som até você. Não, não na velocidade da luz e do pensamento, mas na velocidade claudicante do som, mas ainda assim deixando um borrão luminoso por onde passar, armazenando com ele as sensações do mundo, as dores dos desamados, a alegria dos idiotas, a esperança dos desacreditados e os sonhos dos incapazes.
E você sente então, eu bem sei, um arrepio seco pelo corpo e uma angústia sem tamanho. Mas você então se levanta, sorri para o vazio, rodopia teu corpo e espalha sorrisos sinceros pela platéia extasiada e apaixonada. E meu corpo, que ficou para trás, vazio e despedaçado, te aplaude de pé, solitário, com o orgulho dos satisfeitos e a satisfação dos apaixonados.
E é assim, nesses dias em que as folhas das árvores dançam com a música da brisa e os pequenos insetos ropopiam desordenados em volta das flores, que eu sinto que te amo mais. É essa tua presença constante dentro de mim, que substitui de forma brilhante a minha alma leve e apaixonada que flutua pelo mundo. Porque eu já não sou mais eu. Eu sou só amor por você, na velocidade do som...
Mas é fato que meu combalido coração se contrai e armazena com ele sensações, sentimentos, vontades, sonhos, frustrações. Chego por um mísero momento a ser totalmente "heartless", para depois sentir uma explosão de amos, um big bang de paixão, e minha alma viaja na velocidade do som até você. Não, não na velocidade da luz e do pensamento, mas na velocidade claudicante do som, mas ainda assim deixando um borrão luminoso por onde passar, armazenando com ele as sensações do mundo, as dores dos desamados, a alegria dos idiotas, a esperança dos desacreditados e os sonhos dos incapazes.
E você sente então, eu bem sei, um arrepio seco pelo corpo e uma angústia sem tamanho. Mas você então se levanta, sorri para o vazio, rodopia teu corpo e espalha sorrisos sinceros pela platéia extasiada e apaixonada. E meu corpo, que ficou para trás, vazio e despedaçado, te aplaude de pé, solitário, com o orgulho dos satisfeitos e a satisfação dos apaixonados.
E é assim, nesses dias em que as folhas das árvores dançam com a música da brisa e os pequenos insetos ropopiam desordenados em volta das flores, que eu sinto que te amo mais. É essa tua presença constante dentro de mim, que substitui de forma brilhante a minha alma leve e apaixonada que flutua pelo mundo. Porque eu já não sou mais eu. Eu sou só amor por você, na velocidade do som...
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