Luzes
Seu corpo estava imerso em música pulsante, suor constante, dança insinuante, excitação latejante. Sentia a mão macia dela segurando a sua, sentia aquele corpo altamente desejável roçando o seu, sentia a textura firme daqueles lábios lascivos e podia provar o sabor cítrico e alcoólico de sua saliva, .
Não queria e nem precisava olhar à sua volta. Seu mundo se resumia nos pouquíssimos centímetros quadrados que os dois ocupavam juntos e não precisava de mais. Tudo o que ele queria estava ali. Tudo com que ele sonhara na vida agora dançava com os braços levantados na sua frente. O mundo por um fio, o sexo por um triz, o amor de uma vida.
Ele sorria e ela sorria, mas por uma fração de segundo tudo parou, e aquela sequencia de três imagens ficaria gravada para sempre em sua memória rarefeita, seu coração esperançoso e sua alma sedenta, feito ferro quente em couro cru. Nessas três imagens sequenciais ele pôde compreender o que já sabia, mas dessa vez com uma certeza tão indissolúvel que o sentimento foi físico.
Tudo era escuridão e então veio a primeira luz, a mais forte de todas, e iluminou tudo que estava à sua frente. Aquilo durou quanto? 0,1 segundo? Foi o suficiente para que ele gravasse em sua retina, feito uma foto P&B, uma menina dançando e sorrindo, com os olhos semi-cerrados penetrando os seus. Como um espectador extasiado, ele pode agora olhar essa fotografia e analisar cada detalhe. E ela é tão maravilhosamente bela que ele mal pode acreditar...
Veio o segundo flash, um pouco mais fraco que o primeiro, e ainda que ela não estivesse na mesma posição, seu sorriso mantinha a mesma sinceridade e a mesma verdade que o anterior. Se para ele tudo que estava à sua volta não importava mais, para ela tudo o que importava estava na sua frente.
No terceiro e derradeiro tiro de luz, o mais fraco de todos, ele viu a si mesmo refletido naquele sorriso que parecia ter tomado conta daquela escuridão quente. Toda a felicidade do mundo emanava daquele corpo que ele tanto amava e desejava, e transbordava naquele sorriso indescritível, mas perfeitamente decifrável: era um sorriso de amor.
Quando veio a escuridão, ele ansiava desesperadamente por outro flash de luz que traria de volta um sorriso que ele agora entendia que era dele - e agora ele tinha sentido como nunca. Não "para ele". Não "por ele". Aquele sorriso era dele! E ele, que já amava aquela menina como nunca amou alguém, sentiu que seu coração atravessado por agulhas de gelo e sua respiração ficou parada no ar com a fumaça espessa. Já não existia mais música nem suor: tudo que existiu naquele momento foi a certeza irrevogável de que seria daquela menina para sempre.
E então o mundo acordou com a batida da música e ele sentiu o mais saboroso dos beijos: o beijo da boca de quem se ama de verdade. Compreendeu a irreversibilidade de seus sentimentos e a confluência de seus caminhos. Entendeu que ele se apaixonaria por aquela menina todos os dias de sua vida e nada, e nem ninguém, iria se colocar no caminho de felicidade que eles estavam construindo com tanta paixão.
Eu te amo e te quero pra sempre, Elektra.
Não queria e nem precisava olhar à sua volta. Seu mundo se resumia nos pouquíssimos centímetros quadrados que os dois ocupavam juntos e não precisava de mais. Tudo o que ele queria estava ali. Tudo com que ele sonhara na vida agora dançava com os braços levantados na sua frente. O mundo por um fio, o sexo por um triz, o amor de uma vida.
Ele sorria e ela sorria, mas por uma fração de segundo tudo parou, e aquela sequencia de três imagens ficaria gravada para sempre em sua memória rarefeita, seu coração esperançoso e sua alma sedenta, feito ferro quente em couro cru. Nessas três imagens sequenciais ele pôde compreender o que já sabia, mas dessa vez com uma certeza tão indissolúvel que o sentimento foi físico.
Tudo era escuridão e então veio a primeira luz, a mais forte de todas, e iluminou tudo que estava à sua frente. Aquilo durou quanto? 0,1 segundo? Foi o suficiente para que ele gravasse em sua retina, feito uma foto P&B, uma menina dançando e sorrindo, com os olhos semi-cerrados penetrando os seus. Como um espectador extasiado, ele pode agora olhar essa fotografia e analisar cada detalhe. E ela é tão maravilhosamente bela que ele mal pode acreditar...
Veio o segundo flash, um pouco mais fraco que o primeiro, e ainda que ela não estivesse na mesma posição, seu sorriso mantinha a mesma sinceridade e a mesma verdade que o anterior. Se para ele tudo que estava à sua volta não importava mais, para ela tudo o que importava estava na sua frente.
No terceiro e derradeiro tiro de luz, o mais fraco de todos, ele viu a si mesmo refletido naquele sorriso que parecia ter tomado conta daquela escuridão quente. Toda a felicidade do mundo emanava daquele corpo que ele tanto amava e desejava, e transbordava naquele sorriso indescritível, mas perfeitamente decifrável: era um sorriso de amor.
Quando veio a escuridão, ele ansiava desesperadamente por outro flash de luz que traria de volta um sorriso que ele agora entendia que era dele - e agora ele tinha sentido como nunca. Não "para ele". Não "por ele". Aquele sorriso era dele! E ele, que já amava aquela menina como nunca amou alguém, sentiu que seu coração atravessado por agulhas de gelo e sua respiração ficou parada no ar com a fumaça espessa. Já não existia mais música nem suor: tudo que existiu naquele momento foi a certeza irrevogável de que seria daquela menina para sempre.
E então o mundo acordou com a batida da música e ele sentiu o mais saboroso dos beijos: o beijo da boca de quem se ama de verdade. Compreendeu a irreversibilidade de seus sentimentos e a confluência de seus caminhos. Entendeu que ele se apaixonaria por aquela menina todos os dias de sua vida e nada, e nem ninguém, iria se colocar no caminho de felicidade que eles estavam construindo com tanta paixão.
Eu te amo e te quero pra sempre, Elektra.